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Com aulas na Esmape, Ministério da Justiça e Segurança Pública conclui Curso de Investigação Financeira e Análise Patrimonial (CIFAP)


 

Com todas as aulas ministradas na Escola Judicial de Pernambuco (Esmape), foi concluída, nesta sexta-feira (29/8), a 6ª edição do Curso de Investigação Financeira e Análise Patrimonial (CIFAP). A abertura das atividades aconteceu no dia 18 de agosto, no Auditório Desembargador Itamar Pereira da Silva. A capacitação visa fomentar a qualificação técnica de agentes públicos no combate à criminalidade econômica. 

Promovido pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), por meio da Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência (DIOPI), o início da 6ª edição contou com uma mesa de honra com a presença do supervisor da Esmape, juiz Silvio Romero Beltrão; representando a Coordenação-Geral de Combate ao Crime Organizado da Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência, o delegado André Luiz Maule Timoni; o diretor de Inteligência da Polícia Civil de Pernambuco (Dintel), representando a Secretaria de Defesa Social (SDS), o delegado Izaías Novaes; a delegada especial da Delegacia-geral da Polícia Civil de Pernambuco, Natália Medeiros; representando o Ministério Público de Pernambuco, a promotora de Justiça Carolina Jucá; e a ponto focal da Unidade de Capacitação da Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência, Marceli Coelho Oliveira Amaral. 

O coordenador do curso e policial civil de Pernambuco, Rogério Silva, compartilhou como funcionou a estrutura das aulas. “O objetivo foi formar ou desenvolver, nos alunos, conhecimentos teóricos e práticos para que eles possam aplicá-los na atividade deles, principalmente, na investigação financeira e patrimonial, com foco nos crimes de lavagem de dinheiro e de organização criminosa, sempre buscando retirar o poder capital dessas organizações”, explicou. “Nós buscamos descapitalizar organizações criminosas, então, tudo o que foi trabalhado dentro do curso visou preparar o policial para que ele possa estar habilitado a reconhecer e ter técnicas investigativas para atuar nesse combate ao crime, no viés financeiro”, complementou. 

Rogério Silva também fez uma análise sobre a evolução da investigação financeira com o avanço da tecnologia e da inteligência artificial. “O nosso treinamento, aqui, nessas duas semanas, buscou, justamente, mostrar ao policial as ferramentas de tecnologia disponíveis, inclusive com uso de inteligência artificial, incluindo as questões de regulamentação. Policiais do todo o Nordeste, sendo os de Pernambuco sua grande maioria, estão saindo com um entendimento de investigação financeira, então, eles vão olhar para além de, por exemplo, uma pessoa que rouba ou furta, mas sim, para uma cadeia criminal de receptadores que está por trás. É passar a entender que, para uma estrutura criminosa existir, também há uma base financeira. Com esse conhecimento, é possível atacar o lastro financeiro das organizações”, declarou o coordenador do curso. 

Para a policial civil de Pernambuco Camila Figueiredo, o conhecimento das ferramentas tecnológicas foi um dos momentos mais interessantes do curso. “Nós aprendemos que, com essas ferramentas, podemos melhorar a qualidade da nossa investigação e, consequentemente, do nosso inquérito. Além disso, conhecer policiais de outros estados é muito importante, é um ótimo networking. Com certeza, vou disseminar todas as informações ensinadas para a equipe”, comentou. 

O policial civil do Rio Grande do Norte Marcelo Andrade também dividiu sua visão sobre os ensinamentos vistos. “O curso tem um nível técnico muito bom, principalmente, pelo surgimento acelerado de novas tecnologias, pois, por exemplo, quando começamos a nos adaptar e adequar, aparece algo novo, os criminosos conseguem uma forma nova de lavar o dinheiro, de esconder ou ocultar”, destacou. “Com os aprendizados, será possível empregar mais recursos para a polícia, proporcionando uma melhor investigação, o que qualifica ainda mais determinada investigação”, finalizou. 


A 6ª edição do CIFAP reuniu representantes da Polícia Civil de Pernambuco, do Ministério Público de Pernambuco, além de integrantes das Polícias Civis dos estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe, bem como da Polícia Federal.

 

 

 

 

 

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Texto: Ananda Cavalcanti | Esmape 

Foto: Jairo Lima | Esmape