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Desembargador Bartolomeu Bueno é homenageado em virtude de sua aposentadoria

 

Desembargador Bartolomeu Bueno durante homenagem no Salão do Pleno do TJPE

Após mais de quatro décadas em pleno exercício na magistratura estadual, o desembargador Bartolomeu Bueno de Freitas Morais foi homenageado durante sessão do Pleno do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE). Realizada na sexta-feira (11/4), a solenidade reuniu as magistradas e magistrados que compõem a Corte de Justiça, além de servidores(as), familiares e amigos(as) do desembargador que se aposentou de suas funções de forma voluntária. Durante sua carreira no TJPE, dentre outras funções, Bartolomeu Bueno atuou como vice-presidente, corredor-geral de Justiça e presidente da Comissão de Direitos Humanos da instituição.

Iniciando as homenagens, a assessora técnica Ana Caroline de Oliveira Souza discursou em nome dos(as) servidores(as) que integraram o gabinete do magistrado. “Para além dos cargos e funções, o desembargador Bartolomeu é reconhecido por algo ainda mais raro: sua capacidade de liderar com humanidade. Quem já integrou sua equipe sabe bem o que isso significa. Exigente com a qualidade da prestação jurisdicional, mas sem abrir mão da escuta, do acolhimento e do incentivo. Era um gestor que valorizava o diálogo, que acolhia os pleitos justos, que confiava em sua equipe. Incentivava todos nós a estudar, a crescer e a conquistar novos espaços. Por isso, embora seja o momento de despedida da sua função, não é despedida do seu legado, pois a presença de vossa excelência permanecerá nessa Casa de Justiça”, afirmou a servidora.

Magistrado se emocionou durante discurso

Em seu discurso, Bartolomeu Bueno traçou uma retrospectiva de sua trajetória, desde a chegada ao Recife para estudar, aos 17 anos, até ingressar na magistratura. Falou de suas atuações em cada uma das comarcas que trabalhou e dos órgãos que presidiu ao longo dos anos. “Eu procurei, posso afirmar com toda a convicção, me dedicar, procurei ter zelo com o que eu fazia aqui no tribunal, atender a todos, atender aos jurisdicionados da melhor maneira possível, procurar fazer uma boa aplicação da lei, procurar sempre uma melhor aplicação do Direito, buscando sempre uma hermenêutica que atendesse ao ideal de justiça que eu sempre lutei”, destacou o magistrado, contando que permaneceu por 18 anos como juiz de primeiro grau e 24 anos na carreira de desembargador.

Para o futuro, Bartolomeu Bueno revelou que vai voltar a advogar em prol de causas sociais. “Eu vou cuidar da minha família, vou voltar a advogar. Aliás, já recebi a minha carteirinha. E vou tentar fazer política em favor do povo, porque toda a minha vida, desde que aqui cheguei, foi trabalhando pelos menos favorecidos, pelos mais sofridos, pelos sem-terra, pelo sem comida, sem educação, sem saúde, sem transporte”, afirmou. 

Bastante emocionado, o magistrado finalizou seu discurso saudando a todas as pessoas presentes. “Eu quero encerrar de forma metafórica pedindo que Deus, nesse momento, me desse uns braços longos para que eu, em um único gesto, pudesse abraçar a todos vocês numa demonstração de carinho, solidariedade e amizade eterna”, disse sob aplausos.

Corregedor-geral da Justiça, desembargador Francisco Bandeira de Mello; desembargador Bartolomeu Bueno; e o presidente do TJPE, desembargador Ricardo Paes Barreto

O corregedor-geral da Justiça, desembargador Francisco Bandeira de Mello, também homenageou Bartolomeu Bueno em discurso. “Vossa Excelência sempre marcou a sua vida pública por uma preocupação com aqueles que não têm. Aqueles que não têm nem poder e, às vezes, nem nada. Esse testemunho é o que eu quero dar a Vossa Excelência aqui, desembargador Bartolomeu, de que isso é um exemplo, é uma atuação que vem não só das palavras, mas vem, sobretudo, do exemplo que deu ao longo da sua vida e que seguramente ficará aqui no Judiciário como referência, como um farol, como um elemento de ponderação e que é nosso dever exercer a apropriação. Sempre lembrando de que a função dos que têm poder em qualquer dimensão é de promover a inclusão, a integração, a cooperação e a paz”, declarou Bandeira de Mello.

Presidente Ricardo Paes Barreto entraga placa de homenagem a Bartolomeu Bueno

Em seguida, o presidente do TJPE, desembargador Ricardo Paes Barreto, enalteceu as conquistas do desembargador Bartolomeu, a exemplo de quando zerou, por três vezes, o acervo de seu gabinete e promoveu a reestruturação da Corregedoria Geral de Justiça. “O reconhecimento pelo seu trabalho vem não apenas das instituições, mas também do povo pernambucano. Prova disso são os títulos de cidadão honorário que recebeu de diversos municípios, bem como as inúmeras medalhas e condecorações que lhe foram outorgadas ao longo de sua carreira. Suas contribuições à sociedade transcendem a magistratura, tendo atuado em prol dos direitos humanos, do esporte e da cidadania, demonstrando ser um homem público comprometido sempre com as causas sociais”, pontuou. 

“Desembargador Bartolomeu Bueno, sua jornada é um testemunho de honra, dedicação e amor à justiça. Hoje celebramos o legado inestimável que deixa para todos nós. Que sua trajetória continue a inspirar aqueles e aquelas que dedicam suas vidas à construção de um Judiciário forte, justo e comprometido com os valores democráticos. Aprendemos muito com seu jeito simples e, ao mesmo tempo, experiente e correto de ser. Em nome de seus colegas, colaboradores e colaboradoras, admiradores e admiradoras, servidores e servidoras, magistrados e magistradas, expressamos nosso profundo respeito, gratidão e votos de felicidade nesta nova etapa de sua vida”, concluiu o presidente Ricardo Paes Barreto. 

 


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Texto: Amanda Machado | Ascom TJPE
Fotos: Ivaldo Reges | Inova Propaganda