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Como parte das ações do Mês de Conscientização sobre Autismo, o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), por meio da Coordenadoria da Infância e Juventude (CIJ), promoveu, nesta terça-feira (29/4), um evento de atendimento jurídico e social para famílias de crianças neurodivergentes. O encontro ocorreu no Centro Integrado da Criança e do Adolescente do TJPE (CICA), no bairro da Boa Vista, e contou com a presença de 45 familiares atípicos e 20 crianças autistas.
A ação contou com a parceria da Defensoria Pública do Estado e da União, para atendimento e orientação jurídica; da Rede de Mulheres Identidades Restauradas por Apoio (MIRA), que trouxe articulou o momento com as famílias; da Secretaria da Primeira Infância da Prefeitura do Recife, que colaboraram com brinquedistas para as crianças que estiveram presentes; do núcleo de prática jurídica da Faculdade Universo para apoio jurídico; e da Coordenadoria Estadual da Família (Cefam).
Para a pedagoga da CIJ, Keilla Reis, esse evento sintetiza diversas ações de políticas públicas, atendendo a quem precisa. “A gente reuniu as parcerias para oferecer esse atendimento, tirar as dúvidas e dar orientações jurídicas, sociais e psicossociais. Tudo isso faz parte também do plano de ação do nosso comitê de primeira infância e isso é muito importante para o Estado, porque é uma política pública que está alcançando aqueles mais necessitados dela”, explica.
Vitória Chacon foi uma das mães atípicas atendidas durante a ação e comenta que o evento foi muito enriquecedor. “Muitas vezes, no dia a dia da família atípica, a gente sente um pouco só. E aí quando tem essas ações, quando eles realizam essas ações a gente sente acolhido e foi assim que eu me senti, como mãe, como parte da sociedade lutando pelos direitos do meu filho. Então, foi maravilhoso, eu já resolvi uma parte de uma demanda minha, só tenho realmente a agradecer”, relata.
De acordo com a criadora da Rede Mira, Sâmia Lacerda, essa foi uma oportunidade do Poder Público fortalecer as famílias. “Nós temos mulheres aqui hoje que há nove anos estão tentando acessar esses serviços e aqui elas puderam encontrar aqui a oportunidade de ter acesso a um Neuropediatra, ter acesso às terapias específicas do seu filho, regularizar a questão do Benefício de Prestação Continuada e transformar vidas. São instituições públicas que estão cumprindo o seu papel de transformar vidas, porque o nosso lucro é o lucro social. Certamente, a gente precisa continuar e potencializar esses apoios”, conta.
Agora, a CIJ vai realizar um balanço geral da ação a fim de estruturar a continuidade do evento sistematicamente no segundo semestre de 2025.
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Textoe fotos: Marcelo Dettogni | Ascom TJPE