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Dando continuidade às ações voltadas à prevenção de saúde, neste mês de junho, a Diretoria de Saúde do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) destaca a relação entre diabetes e saúde bucal. A inciativa, que todos os meses aborda um tema relacionado à saúde, também faz parte do Programa Justiça Humanizada.
O diabetes é uma doença crônica que ocorre quando o pâncreas não é capaz de produzir insulina, a sua produção é insuficiente ou quando o corpo não é capaz de fazer bom uso da insulina que produz.
Diabetes tipo 1: caracterizado por não haver produção desse hormônio no pâncreas, geralmente na infância e na adolescência;
Diabetes tipo 2: caracterizado pela dificuldade de uso da insulina produzida e atinge com mais frequência indivíduos adultos.
A relação entre diabetes e saúde bucal é uma via de mão dupla. Pacientes diabéticos costumam desenvolver com mais frequência gengivite, lesões de cárie e infecções orais, além de perda óssea ao redor dos dentes. Isso acontece porque a circulação sanguínea na região da boca é prejudicada pela condição, comprometendo a resposta imunológica e dificultando a cicatrização de lesões. O controle de infecções periodontais pode ajudar a restabelecer a glicemia. Se a saúde bucal não estiver em dia, o controle do diabetes também pode ser afetado, criando um ciclo vicioso prejudicial à saúde geral do paciente.
Principais manifestações bucais no paciente diabético:
- Xerostomia (boca seca)
- Glossodínia (síndrome da boca ardente);
- Ardor na língua;
- Eritema (vermelhidão) e distúrbios de gustação;
- Aumento da glândula parótida;
- Candidíase (infecção causada pelo fungo Cândida/ sapinho);
- Cáries e periodontite;
- Estomatite por próteses (infecção da mucosa da boca que pode causar dor, inchaço, vermelhidão);
- Queilite angular (infecção que afeta os cantos da boca. Também conhecido como boqueira)
- Halitose (hálito cetônico);
- Infecções fúngicas e bacterianas;
- Dificuldade de cicatrização dos tecidos.
Como é o tratamento odontológico em pacientes diabéticos?
O atendimento deve ser personalizado com tratamentos específicos para doenças gengivais que podem ajudar a gerenciar a inflamação e a saúde bucal. Em casos de procedimentos mais invasivos/cirúrgicos, o ideal é que se faça a solicitação de alguns exames laboratoriais, para avaliar se o paciente apresenta alguma descompensação. Caso a glicemia esteja abaixo de 70 mg/dl ou acima de 300 mg/dl, a pessoa deve ser encaminhada ao médico e nem começar o tratamento no consultório do dentista. Portanto, é possível realizar qualquer tipo de tratamento dentário, desde que a glicemia esteja controlada.
Cuidados bucais em pacientes diabéticos:
- Escovar os dentes regularmente;
- Fazer visitas regulares ao dentista;
- Realizar procedimentos preventivos, como a adequação do meio bucal;
- Manter a glicemia sob controle;
- Acompanhar procedimentos cirúrgicos na gengiva com monitorização glicêmica.
É importante que os pacientes com diabetes mantenham um controle rigoroso dos níveis de glicose no sangue (dieta e/ou medicamentos) e visitas regulares ao Cirurgião-Dentista. Outras informações através do e-mail sgp.dsaude.odontolegal@tjpe.jus.br.
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Fonte: Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) e Conselho Federal de Odontologia/ FIOCRUZ (CFO)